A escala pentatônica menor é uma das escalas mais populares e versáteis na música, especialmente na guitarra e baixo.
A escala pentatônica menor é uma escala composta por cinco notas específicas retiradas da escala diatônica menor. Ela é amplamente utilizada em diversos gêneros musicais, como rock, blues, jazz e música pop. A simplicidade e a sonoridade dessa escala tornam-na uma escolha favorita para solos e improvisações.
A origem da escala pentatônica remonta a diversas tradições musicais antigas e é considerada uma das formas mais primitivas e universais de organização sonora. Seu uso pode ser traçado até as civilizações da Mesopotâmia e da China antiga, onde a escala foi uma parte fundamental da música ritual e folclórica.
A simplicidade da escala, com apenas cinco notas, permite uma construção harmônica clara e evitava intervalos dissonantes, o que a tornou uma escolha natural para as primeiras tradições musicais. Com o tempo, a escala pentatônica foi adotada por culturas ao redor do mundo, desde as tradições africanas e nativas americanas até a música clássica oriental, mostrando sua relevância e adaptabilidade através dos séculos.
Estrutura da Escala
A escala pentatônica menor é formada sobre a escala diatônica menor. Se formos pensar em termos de modos gregos, ela é construída sobre o Modo Eólio. Utilizando esse modo, retira-se a segunda maior e a sexta menor, deixando a escala diatônica menor com apenas cinco notas, tornando-a uma escala pentatônica.
A escala pentatônica menor é formada pelas seguintes notas:
- Tônica (1ª): Nota de partida da escala.
- Terça Menor (3ª): Dá a característica “menor” à escala.
- Quarta Justa (4ª): Cria uma sensação de estabilidade.
- Quinta Justa (5ª): Uma das notas mais consonantes da música ocidental.
- Sétima Menor (7ª): Adiciona uma sensação de tensão e resolução.
Por exemplo, na tonalidade de A (Lá), a escala pentatônica menor seria composta pelas notas A, C, D, E e G.
Desenho da Escala Pentatônica Menor no Braço:
Segue o desenho da pentatônica de Em começando na décima segunda casa, uma das escalas mais usadas por guitarristas e baixistas:
E|—————————————–12–15–
B|———————————12–15———-
G|————————-12–14——————
D|—————–12–14————————–
A|———12–14———————————-
E|-12–15——————————————
A Escala Pentatônica Menor Blues
Uma variação da pentatônica menor é a pentatônica menor blues, carinhosamente apelidada de “penta blues” entre os músicos. Essa escala adiciona a quarta aumentada (intervalo famoso por constituir o trítono) à digitação, criando uma sonoridade muito usada em blues e jazz.
Aplicações na Música
A pentatônica menor é extremamente versátil e pode ser utilizada em uma ampla gama de contextos musicais. Ela é especialmente eficaz para solos de guitarra, proporcionando uma sonoridade expressiva e emocional. Músicos como Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan e Eric Clapton popularizaram o uso dessa escala em seus solos, criando licks e frases icônicas.
Músicas Famosas que Usam a Escala Pentatônica Menor
Aqui estão cinco músicas icônicas que começam com a pentatônica menor, mostrando como essa escala é utilizada em contextos variados e influentes:
- “Sunshine of Your Love” – Cream: O riff de guitarra inicial de “Sunshine of Your Love”, criado por Eric Clapton, é baseado na escala pentatônica menor. Esta música é um dos grandes clássicos do rock e é famosa por seu riff de guitarra marcante, que exemplifica a sonoridade bluesy da pentatônica menor.
- “Purple Haze” – Jimi Hendrix: O solo e a introdução de “Purple Haze” são construídos sobre a escala pentatônica menor. Jimi Hendrix utiliza a escala para criar um som psicodélico e inovador, que ajudou a definir o estilo do rock psicodélico dos anos 60.
- “Whole Lotta Love” – Led Zeppelin: O riff de guitarra de abertura de “Whole Lotta Love”, tocado por Jimmy Page, é baseado na pentatônica menor. A faixa é conhecida por seu riff potente e é um exemplo clássico do rock pesado, destacando o uso expressivo da escala pentatônica.
- “Back in Black” – AC/DC: O riff principal de “Back in Black”, criado por Angus Young, utiliza a pentatônica menor. A música é um dos maiores sucessos da banda e exemplifica como a escala pode ser usada para criar riffs de guitarra marcantes e enérgicos.
- “Little Wing” – Stevie Ray Vaughan (originalmente por Jimi Hendrix): “Little Wing” é uma composição de Jimi Hendrix que foi posteriormente regravada por Stevie Ray Vaughan. A música é uma excelente demonstração do uso da pentatônica menor para criar um solo emotivo e melódico, refletindo a influência do blues e do rock.
Sugestões de Uso
Aqui estão algumas dicas para aproveitar ao máximo a escala pentatônica menor:
- Improvisação: Use a escala como base para improvisar sobre progressões de acordes menores. Experimente variações rítmicas e técnicas como bends, slides e hammer-ons para adicionar expressividade.
- Licks Clássicos: Aprenda licks clássicos de guitarristas famosos e incorpore-os ao seu vocabulário musical. Isso pode ajudar a desenvolver seu estilo e aumentar sua fluidez na escala.
- Combinação com Outras Escalas: Experimente combinar a pentatônica menor com outras escalas, como a escala blues (adicionando a quinta diminuta) ou a escala menor natural (modo eólio), para criar variações interessantes.
Experimente improvisar frases da pentatônica menor e penta blues sobre a base tocada no vídeo abaixo criado pelo canal Learning Guitar, e veja como ela se encaixa perfeitamente:
Conclusão: Escala Pentatônica Menor
A pentatônica menor é uma ferramenta essencial para qualquer guitarrista. Sua versatilidade e simplicidade a tornam uma escolha ideal para solos, improvisações e composição. Seja você um iniciante ou um guitarrista experiente, dominar essa escala abrirá novas possibilidades musicais e ajudará a desenvolver seu estilo próprio.